Acho que já comprei passagens de ida e volta à Lisboa umas 10 vezes, mas nunca parei pra conhecer seus encantos. Nada além da correria do Aeroporto da Portela, o maior de Portugal.
Com a família, viajei de um jeito mais, digamos assim, confortável. O tradicional Free Walking Tour foi substituído pelo City Tour nos ônibus vermelhos, ouvindo a história de cada cantinho da cidade entre trechos do tradicional Fado português. Paramos em Belém para almoçar, subimos os, segundo a contagem da Mami, 115 degraus apertadinhos da Torre de Belém e apreciamos a vista do Oceano Atlântico sob o céu azul!
Claro que eu não ia deixar que saíssemos de lá sem provar os famosos Pastéis de Belém®! Acho que a massinha é a mesma, e o recheio também, mas o fato de ele vir tão quentinho, naquelas caixinhas exclusivas, e te fazerem ficar na fila ansiosa pra comprar, dá um gostinho especial. Na fila, minha mãe perguntou quantos cada uma de nós ia querer, o segurança da loja, muito simpático, perguntou se era nossa primeira vez ali e disse que um só não seria suficiente, porque teríamos de entrar na fila pra comprar outro! Nem dois foram :(
Se quiserem comer o pastel na pastelaria, não entrem na fila, procurem uma mesa com paciência e sentem, que em breve devem ser atendidos! Também dá pra espiar a produção deles, é uma loucura, vale a pena ver os mil pastéis de belém sendo fabricados por minutos..!
No caminho de volta para o Padrão dos Descobrimentos, a imitação de uma caravela que homenageia os participantes do período de desbravamentos de Portugal pelo mundo, passamos pelo Mosteiro dos Jerônimos, outra boa parada para sentar e admirar uma parte de Portugal que ainda se mantém conservada.
Curiosidade do Tour: A tourada portuguesa é diferente da tourada espanhola, porque em Portugal não matam o touro, só o imobilizam, e na Espanha não. O Campo Pequeno, a praça de touros de Lisboa, é mais um desses lugares que se destacam na cidade!
Alguns dias depois voltamos a Lisboa, para finalizar a viagem e pra me despedir, de novo. Mas antes pegamos um bonde elétrico, o 28E, e demos uma voltinha pouco confortável pela cidade parando no Castelo de São Jorge, padroeiro do país.
A cor azul do céu no primeiro dia se transformou em cinza saudade e a visão privilegiada sobre o topo da mais alta colina do centro histórico escondeu-se atrás da chuva. Então, a dica é, vistas ao Castelo de São Jorge, só em dias muito limpos e de sol!
Descendo as ladeiras para voltar a paragem do bonde, passamos pela Sé de Lisboa, pela Igreja de Santo Antônio e pelas tradicionais lojinhas de artesanato. Foi ali onde comprei meu Santo Antônio de Lisboa, de enfeite ou pra procurar as coisas que perco, nada de pendurá-lo de cabeça pra baixo, pelos menos por enquanto!
Na volta ao Hotel paramos no Pingo Doce, e os últimos buraquinhos livres das malas foram preenchidos com lembranças comestíveis, vinhos e queijos. Pingo Doce, sabe bem pagar tão pouco!