quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pequeno dicionário da Língua Portuguesa (em "brasileiro")

Brasileiro vs Português (que diziam que eu não sabia falar!)

Absorvente - Pensos Higiênicos
Açougue - Talho
Aterrissar - Aterrar
Adolescente - Puto
Bala - Rebuçado
Banheiro - Casa de banho
Bobo - Totó
Bonito/a - Giro/a
Bunda – Rabo
Café da Manha - Pequeno Almoço
Calcinha - Cueca
Moletom – Camisola
Camista - T shirt
Canudinho - Palhinha
Cancer - Cancro
Cego - Invisual
Celular - Telemóvel
Cueca - Boxer
Curativo - Pensos
Decolar - Descolar
Descarga – autoclismo
Endereço - Morada
Esporte - Desporto
Fazenda - Quinta
Galera - Malta
Goleiro – Guarda-redes
Homossexual – Paneleiro
Impostos – Propinas
Legal - Fixe/Porreiro
Lugar - Sítio
Maiô - Fato de Banho
Moço/a - Gajo/a
Muito - Bué
"Notebook" - Portátil
Muito Legal - Altamente
Ônibus – autocarro
Parada – paragem
Pedágio - Portagem
Salva-Vidas - Nadador Salvador
Sanduiche - Sandes
Shorts - Calções
Sorvete – Gelado
Suco - Sumo
Terno – Fato
Time - Equipa
Torrada - Tosta
Trem – Comboio
Xícara - Chávena

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Porque eu adoro falar República Checa - Praga

Me apaixonei por Praga, literalmente, à primeira vista. Através das janelas sujas do ônibus de 19,50 euros da Eurolines, sem saber para onde olhar, por que cada lado do rio era mais bonito que o outro! A cidade tinha um pouco de todas as outras que já visitei. Os telhados verdes de Copenhagem, as avenidas largas e arborizadas de Paris, os prédios antigos de Londres, os canteiros floridos Alemães e Holandeses, as cores da Itália, e pra completar, o incrível e único relógio astronômico de Praga.
Museu Nacional

O relógio é lindo e inútil ao mesmo tempo. Isso porque até conseguir ler a hora certa já deve ter se passado um bom tempo e você provavelmente já estará atrasado. Mas seus ponteiros indicam a hora do por e nascer do sol, o dia do ano, a fase lunar e o zodíaco. Conta a lenda que é único no mundo porque os cidadãos o amavam tanto, mas tanto, que queriam não queriam que ninguém tivesse um igual àquele, então arrancaram os olhos de quem o construiu. Dramas europeus, vai entender!



Caminhar pela cidade foi o ponto alto da viagem. De lojinha em lojinha, barraca em barraca, olhando o preço de tudo, absorvendo o máximo dos cheiros e sabores da cidade. As marionetes de madeira fazem sucesso por lá, a cidade é considerada a Capital mundial da Marionete, e é cheia dos pequenos (e grandes) teatros de bonecos. Fica a dica para quem quiser uma lembrança (boa e cara lembrança) da cidade, atenção especial para as conversões!
Teatro Nacional de Marionetes


Para os maluquinhos, ou de orçamento reduzido, a lembrancinha pode ser convertida em um imã bonitinho ou em uma garrafinha de Absinto, que sai pelo mesmo preço de uma cerveja! O que eu descobri é que Absinto deve ser diluído, com um torrão de açúcar, e não bebido puro igual essa gente doida que vive no Cabido Bar faz, não não não..


Das delicinhas que encontrei por lá não faltou crepe de Nutella (2 eurinhos), muita salsicha com pão e com chucrute, copões de cerveja e "trdelkík" - algo como um pão oco assado na hora e passado pelo açúcar com amêndoas e canela!


O Castelo de Praga fica bem bem bem no alto da cidade, mas a subida é, como sempre, compensada pela vista da cidade lá de cima, e pelos jardins, tenho que dizer. São lindíssimos, apesar de o castelo não ser lá bem onde a Cinderela moraria, os jardins com aquela vista que irrita de tão bonita e difícil de registrar numa foto, são um ótimo lugar pra perder algumas horas da visita. 

Charles Castle - O melhor rei da República Checa

Wenceslau Square

Igrejas, claro, estavam sempre presentes no nosso roteiro, mas dessa vez houve uma que foi a menina dos meus olhos. A faxada branquinha não dá ideia nenhuma da preciosidade que abriga a igreja de Nossa Senhora Vitoriosa. Uma estatueta do pequeno menino Jesus, a quem foi atribuído diversas graças, desde que bem cuidada e venerada. Sua história, de protetor e salvador, especialmente da infância, encantou o mundo e até hoje recebe novenas e presentes vindos de todos os lugares.

Menino Jesus de Praga
Praga tem até uma mini torre Eiffel, não precisava de mais nada pra ficar do ladinho de Paris no topo da lista das cidades preferidas.. essa vai dar saudades!



sexta-feira, 12 de julho de 2013

O começo da última - Munique

Paris, Londres e Roma são os destinos favoritos do velho mundo. A minha imaginação não ia muito além e me surpreendi quando Praga, Viena e Budapeste tiveram que se apertar entre os primeiros lugares no ranking das minhas cidades preferidas. Cruzamos os dedinhos para passar em todas as provas e não precisar dos recursos e marcamos nossa última viagem uma semana antes da volta ao Brasil. 


Começamos por Munique, porque para chegar no leste tem que começar por algum lugar, e como foi difícil decidir! Foi uma boa escolha, apesar dos tropeços no começo da viagem. Como alguém pega uma mala que não é sua eu ainda não descobri, mas foi o que fizeram com a Mari, e a coitadinha passou o dia com roupas emprestadas (vestido da Lefties que ficou liindo em todas!) sem notícias da mala desaparecida.


Munique não funciona ao domingos! Nada abre, nenhuma lojinha de souvenir sequer. Por isso aproveitamos e conhecemos todos os pontos turísticos da cidade, que é uma gracinha, a pé. Tudo florido, limpinho e organizado. Chegamos na Marienplatz e ficamos de butuca na explicação do guia turístico dos outros enquanto esperávamos o Glockenspiel ("jogo de sinos") que, segundo a guia, é a segunda maior decepção da europa, logo depois do relógio de Praga. Na minha opinião, nada é decepcionante quando não se cria expectativas, e os bonequinhos coloridos girando no topo da Nova Prefeitura de Munique foram até bem fofos.

Encontramos nosso lugar ao sol na pracinha da Theatiner Kirche, uma imponente igreja amarela que perdeu toda a nossa atenção para as salsichas gigantes e todas as delicinhas alemãs da feirinha logo à sua frente. 
Depois de bem alimentadas, bratwurst no pão coberta com muita maionese e mostarda, partimos para Leopoldstrasse, onde encontramos uma feira de rua interminável com todos os tipos de barracas, de comida (crepe de Nutella que vai deixar saudades), artesanato e contribuições para instituições carentes! 

Quando cansamos de procurar souvenires (nenhum por menos de cinco euros), babar nas tortas e desviar de crianças com balões viramos qualquer rua a direita para encontrar o English Garden, um parque maior que o Central Park de NY! O lugar era lindo, e a brendinha deixou um pouco do almoço e da sobremesa em cada canto que parávamos. Malditas comidas de rua do Marrocos! 



A noite no hostel foi animada por um australiano vestido de tigre/guaxinim e às seis do outro dia estávamos de partida para Praga, felizes da vida porque ônibus não tem limite de tamanho para as malas, TODAS as malas! 







Amsterdam sob um guarda-chuva

Acho que passagem mais cara que comprei durante o intercâmbio custou 130 euros, e foi a ida e a volta direto ao aeroporto principal de Amsterdam. Existem passagens mais baratas para países próximos e viagens curtas de ônibus que te levam para a cidade, mas queríamos mesmo conhecer especificamente o destino preferido de tantos dos nossos amigos!

Acreditem, não é pela maconha, nem pela putaria. Amsterdam é uma cidade muito fofa, com ruazinhas deliciosas à beira dos canais que dão vontade de deixar o mapa na mala e se perder até anoitecer. Pena que o anoitecer era pelas onze da noite, o vento à beira do canal destruía nossas sombrinhas de 3 euros e as roupas que escolhemos para usar no final de junho não esteve condizente com o clima! 

Nosso roteiro incluía chegar de manhã, tomar um café e circular os pontos turísticos, ir de bicicleta até a micro cervejaria do moinho e comer um space cake do coffeeshop mais renomado da cidade, o Bulldog. 
Saindo da estação de trem, que é lindíssima, fui carregada por bicicletas circulando em um transito frenético na sua própria faixa. Aliás, lá até a faixa de pedestres é tomada por elas encostadas umas nas outras em qualquer lugar que dê pra amarrar uma corrente! Conclusão: aluguel de bicicleta cancelado. 

Pegamos, então, nosso mapinha como combinado e fomos procurar o que fazer. Parques, pontes, Red Light, todas as lojas de souvenir possíveis e as famosas letras gigantes! 

Queria bater a "tradicional foto na ponte", mas aí cheguei lá e descobri que Amsterdam tem mais de 1000 pontes e foi apelidada de Veneza do Norte. O melhor é que cada ponte é mais bonita que a outra, e no verão ficam cheias de flores e bicicletas com cestas penduras, uma gracinha!

Dica: se quiser ver tulipas verdade, não as artificiais das lojas de souvenir ou nas fotos dos pacotinhos de sementes vendidos em todos os cantos da cidade, vá visitar a Holanda do meio de março até meio de maio, ou suas expectativas não serão atingidas, como as minhas!

O Red Light district foi um susto. Fomos à luz do dia, quando as vitrines estão, na sua maioria, vazias. Entramos na Condomerie, a loja que vende preservativos pintados a mão, e outras coisas que até Deus duvida e depois, passeando pelas ruas demos um salto quando uma, que parecia um manequim, começou a se mexer! É exatamente assim, uma manequim exibindo uma lingerie ou qualquer roupa minúscula, dançando, conversando e chamando pra dentro qualquer pedaço de carne que passar na sua frente! Fotos são absolutamente proibidas então, deixo vocês com essa imagem. 

Cansadas da chuva e do vento, decidimos incluir no roteiro o Museu "Casa da Anne Frank". Melhor decisão impossível. O museu não tem muito de museu, é super interativo, mas não daquele estilo: "o que você acha que aconteceu com o Rei que foi enforcado aqui". O interessante é que, por exemplo, pra quem não conhece a história, acaba se vendo dentro dela!

Anne Frank era filha de judeus que decidiram se esconder quando a cidade foi invadida pelos nazistas. Ficaram lá durante dois anos, ao longo dos quais ela manteve diários, que foram descobertos mais tarde, pelo seu pai, o único sobrevivente. O museu é todo baseado no diário e em depoimentos de pessoas que conviveram com os foragidos. Anda-se pela casa e lá estão ilustradas todas as passagens do diário: os tracinhos do crescimento de Anne e sua irmã na parede, as janelas pintadas de preto, a decoração do quarto dela, feita com recortes de revistas que traziam para ela, o banheiro onde, por vezes, não se podia dar descarga devido ao barulho, a estante que ficava em frente a porta do esconderijo, e o diário, que virou um livro traduzido em mais de 30 línguas, meticulosamente conservado! Vale a pena a visita!


O tão esperado bolinho não foi tudo o que dizem, mas guardei a caixinha de recordação. 
Recordações mesmo não faltam!













segunda-feira, 10 de junho de 2013

Aconteceu por aqui..

Estudante do Ciências Sem Fronteiras desaparece em Coimbra - Estudante de Medicina desaparecido voltou ontem à noite a casa.

Contra-Cheque de Julho gerado. Bolsa de Julho na conta. 
"Vendo euro".
"Compro euro". 
"Vendo cama". 
"Vendo aquecedor". 
"Vendo mala". 
"Vendo o corpo".

Mari me trocando pelo mundo: 




Exames, Exames, Exames... - Cantinas abertas como salas de estudo.

Semanas ficando curtas e despedidas que não acabam mais.

Incêndio no nosso amado Pingo Doce - Incêndio devora Pingo Doce em Coimbra

Coimbra entrando para o Guinness - "A Brasileira" vai tentar construir o maior "cupcake" do mundo.



10 de Junho - Dia de Portugal, dia de Camões, dia dos nove meses da chegada e dos 40 dias para a partida!

Beijinhos.




terça-feira, 21 de maio de 2013

Era uma vez..

... uma terrinha longínqua, de onde, a distância de nove ou dez quilômetros à sudoeste, ainda se viam as luzes de Paris. Foi lá, que como o sol que dá vida a tudo na terra, Luiz XIV, o Rei Sol, ergueu um castelo, um palácio, uma residência real monumental nunca antes vista!




O Palácio de Versalhes possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras, 700 hectares de jardim e é um dos pontos turísticos mais visitados da França (em média oito milhões de turistas por ano).


Parece um conto de fadas! Só a carruagem, que nos levou pelos 10 km, não era lá muito mágica. O trem (RER) estava lotado e fomos de pé, apertadíssimos por uns 45 minutos até a estação. A fila pra entrar também não é muito encantadora, mas, ao menos, com nossas extraordinárias carteirinhas de estudante, entramos sem pagar! 

Depois é só se perder no luxo dos candelabros, abóbadas, paredes de cetim, pinturas, camas fofas, decorações infinitas.. sentir-se dentro de uma caixa de presente, muito muito cara! E quando sair dela para os jardins perde-se o fôlego, tanto pelo tamanho quanto pela beleza do lugar! 


Ah lar doce lar!







Uma vez 'drama queen'..

Querem uma dica inteligente?

Não façam intercâmbio! Não conheçam pessoas novas, lugares novos. Não criem rotinas diferentes. Não abram seus corações para as novidades do mundo. 


Cada página desse blog está recheada com aventuras deliciosas, pessoas incríveis e histórias inesquecíveis. Agora, a aproximadamente dois meses pra voltar para a minha, nada mal, realidade, vejo tudo se transformando em saudades!

E quantos são os tipos de saudades. Tem aquela que aperta quando eu lembro da minha família no Brasil. Outra que dói, quando penso nas coisas que, lá longe, já não são mais as mesmas. E tem aquela que persiste em me manter acordada à noite, rolando de um lado para o outro, pensando no que, daqui de perto, vai fazer falta pra sempre!


Façam intercâmbio! Vivam tudo que puderem. Absorvam o máximo de todas as pessoas que cruzarem o seu caminho. Criem memórias. Dancem na chuva. Vençam desafios. Experimentem tudo que puderem. Sonhem, e mais importante, realizem!





"Acho que eu vou gostar da vida até a morte". Emanuelle Riva

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Retrospectiva

E a queima foi assim..

Serenata Monumental

Cortejo

Pra esquentar
Cartaz oficial 2013
Esquenta na portagem com bouquet e entrevista

Pequeno-almoço oficial

Melhor show disparado !

Sob sol ou sob chuva

Porquinha - petisco e meeting point (HAHA)
Demonstrações de amor
Não deixes para amanhã, o que podes queimar hoje!
E queimamos tudo mesmo: filme, neurônios, calorias, dinheiro, fígado, sapatos... 10 dias inesquecíveis, ou não :)

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Queima das fitas

Color Run: "Os cinco quilômetros mais felizes do planeta". Alguns correm, outros dançam, outros rastejam-se (nosso caso, considerando o calor e a sede- sim o verão chegou!), enquanto sujam-se de uma tinta em forma de pó que fez tudo ficar mais alegre. Foi a energia de 12 mil pessoas de todas as idades, cobertas de cor e de sorrisos, criando um mar de gente alucinada, rolando no chão e pulando sem enxergar nada no meio das nuvens multicoloridas! 



Para lavar a cor e a alma, o cortejo da queima das fitas: "Uma das festas que se consome mais álcool do mundo". No domingo choveu cerveja, entre muitas outras bebidas alcoólicas, quando, os quase cem carros, meticulosamente enfeitados e preparados pelos alunos de cada curso, desceram pela cidade fazendo festa com os 100 mil espectadores que assistiram o cortejo. 

Todos os universitários trajados de acordo, de capa e batina. Os formandos com acessórios especiais, nas cores de seu respectivo curso, cartola e "bengala" esperando as batidas que simbolizam os desejos de parabéns pela formatura. E os calouros também, que até então não podiam vestir o tradicional traje acadêmico. Durante a serenata da Queima das fitas (parecida com a da Latada, porém algumas muitas vezes maior) são traçados pelos seus veteranos. A capa é dobrada na ponta segundo o número de anos que faltam para a conclusão do curso, colocada sobre os ombros do calouro e cruzada para a direita e depois para a esquerda.

O Traje serve como entidade uniformizadora, permitindo a normalização de estatutos sociais e econômicos de todos os estudantes. Ou seja, o Traje Acadêmico é um símbolo que representa a igualdade e a simplicidade, e não o elitismo. Por esse motivo as meninas não usam brincos grandes, maquiagem ou unhas pintadas enquanto o vestem. 

A capa é parte essencial do traje, nenhuma regra se aplica quando ela não está vestida. Ela é "benzida" com fluidos quando o calouro a recebe, fluidos como vinho, vômito, cerveja, água, entre outros e só é lavada à água da chuva, nunca mais. Não, eles não são obrigados a utilizar o traje para frequentar às aulas. O uso do traje é um direito do aluno e um sinal de respeito em serenatas e eventos importantes, como defesas de teses e formaturas.

Alguns devem ter lavado a capa nas águas do Mondego, foi lá que terminou o cortejo, quando o rio se transformou numa piscina de águas geladas e foram todos curar a bebedeira para mais uma noite de festa no recinto da Queima.

É também no cortejo que acontece a queima simbólica das fitas, cena que dá nome à semana de festa que sucede todo esse ritual. Os amigos, familiares, namorado, etc. escrevem mensagens em fitas, chamadas grelos, da cor de cada curso. As fitas são colocadas nas pastas que fazem parte do traje acadêmico até a data do cortejo, e neste dia são queimadas em penicos.



Assim é Coimbra, cheia de tradições que não se apagam no tempo, mas se enchem de vida todos os anos e encantam cada vez mais.

"Hoje Coimbra, amanhã saudades"









sábado, 27 de abril de 2013

Le cœur de Paris

Eu adoro sair do metro e "dar de cara" com o monumento. Foi relembrando a visão subterrânea do primeiro monumento europeu que visitamos, a Duomo de Milão (muitos meses atrás), que paramos de olhinhos brilhando em frente ao gigantesco Arc de Triomphe, o marco inicial da "La plus belle avenue du monde" (A avenida mais bela do mundo), mais conhecida como Champs-Élysées!


Atravessamos os 7km da avenida jogando conversa fora, como se fosse o caminho que nos levaria aos comuns afazeres cotidianos. Não tinha nada de comum no Jardin des Tuileries. Foi lá, entre as tulipas multicoloridas que tive certeza do porque esperamos até então pra vir a Paris. A cidade ficou ainda mais cheia de graça na primavera, nada de mãos congelando, pés reclamando do frio, noite chegando cedo demais. O sol nos convidava a ficar mais um pouquinho e nós não resistíamos!




 'ceux qui ont exposé leur vie et prodigué leur sang pour la défense de la monarchie (...) passent le reste de leur jours dans la tranquillité'

(aqueles que expuseram as suas vidas derramaram o seu sangue pela defesa da monarquia (...) passem o resto dos seus dias na tranquilidade)

Atravessamos a ponte Alexandre III, passamos o gramado verde e uniforme e chegamos a frente do Hôtel des Invalides. Eles deram tudo que tinham pelo seu país, e agora, já sem forças, tinham seu merecido momento de descanso. É ali também que descansa Napoleão Bonaparte, em um suntuoso sarcófago dentro da capela de Saint-Louis, vale uma visita. 


Dali só seguimos a pontinha metálica pairando a 281 metros sobre a cidade luz. Uma bola cor de laranja tocando o chão devagarinho, aquele céu de coelhinho da páscoa pintando ovos, casais brindando com champanhe e por 13 euros e algumas horas de espera eu vivi o por do sol mais bonito da minha vida!


Confesso que a vista de Paris sem a Torre Eiffel não é a mesma coisa, mas pensar que você é um pontinho vivo no meio da treliça de ferro mais conhecida do mundo dá vontade de chorar, e era só isso que a Mari conseguia dizer: "Marthina, a gente tá na Torre Eiffel! Brenda, a gente tá na Torre Eiffel!"


É Mari, a gente foi na Torre Eiffel, e eu já estou com saudades!!