segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

(Buda)peste

O dia no lado peste pode começar com os locais, cheio de cor, como tudo na capital húngara, no Mercadão de Budapeste, o Nagy Vasarcsarnok. Lá dá pra encontrar de tudo um pouco, mas principalmente, PIMENTA.. natural, seca, em pó, picante, doce, decorativa, em forma de geléia, molhos e souvenirs.. tem pra todos os gostos e não dá pra sair de lá sem alguma!


Se se demorar demais e a fome bater, não vão faltar opções para um lanchinho, que as gulosas não puderam deixar de experimentar (strudell de maça com gostinho de Brusque que deixou saudades), mas se quiser encher o bucho mesmo, o andar de cima do mercado tem porcões generosas de dar água na boca, cheiros sensacionais e preços mais do que amigáveis! 
O lugar é imperdível, e perfeito pra encontrar uma lembrancinha!



Do mercado dá pra caminhar pela margem do Danúbio até a Ponte das Correntes, verdinha, a mais importante de Budapeste. Sem atravessar, seguindo pela avenida do lado peste, encontramos o homenzinho barrigudo, que representa a comida e a bebida da Hungria, com a barriga lustrada pelas pessoas que a esfregam na esperança de ter uma próxima boa refeição! Mais a frente está a Basílica de São Estevão. Está é uma igreja curiosa. O Santo, de mesmo nome, é colocado lado a lado com Jesus, e tomado com a mesma importância, isso porque foi (santo) Estevão que converteu os Húngaros ao cristianismo. Por esse motivo, e por causa de sua mão "milagrosamente" mumificada, foi considerado santo, após sua morte. A mão é guardada no interior da basílica, e é um dos maiores tesouros nacionais. Fica em uma câmara escura e para conseguir enxergá-la paga-se 250 florins. A dica é: a luz fica acesa por 3 minutos, quando ver alguém colocando a moeda, vá atrás e fique esperando para ver também!


Continuando na parte religiosa da Cidade, que tal visitar a maior Sinagoga da Europa? Um choque de Laranja e Amarelo na paisagem urbana de Budapeste (consulte os horários para visitas). Voltando às ruas, prepare-se para bater pernas na "Champs Elysee" húngara! O começo da Andrassy Utca é cheio das lojas mais divas, das marcas mais conhecidas/caras/quenãomepertencem, e se você pular umas duas quadras pra direita (se estiver indo em direção ao Parque dos Heróis) encontra o bairro dos Judeus, que é o extremo oposto, ótima região para comer algo mais barato e sair a noite. Mas, mantendo o foco (né mami!), depois da rótula da Ópera na Andrassy, a rua se transforma em uma avenida cheia de museus de todos os tipos e construções clássicas bem cuidadas, com detalhes incríveis. Vontade de acordar ali, sair pela porta de robe, recolher o jornal e acenar para o vizinho da frente pelo muro baixinho. haha



Se você não for um sonhador e perder tempo demais nos edifícios, vai chegar logo ao fim da rua, na Praça dos Heróis. O Monumento é composto pelo Arcanjo Gabriel, no topo da torre, um semi-círculo de guerreiros representando Guerra, Paz, Trabalho e Bem-Estar, conhecimento e glória, e na base os chefes das sete tribos húngaras que conquistaram a área hoje conhecida como a Hungria! É um dos lugares mais visitados e a porta de entrada para o parque da Cidade. 


Vajdahunyad Castle
No inverno, o lago congela e o parque vira um grande centro de patinação, hóquei e todos os tipos de esportes sobre o gelo!  Depois de um tempo descansando e admirando as habilidades crianças húngaras ao som de Gangnan Style, fomos passear no castelo, Vajdahunyad Castle (fala essa agora, quero ver!), mesmo sem saber que era um, mas a nossa curiosidade mesmo era acerca do maior banho termal de Budapeste, a poucos metros dali. O Széchenyi Bath Medicinal, eu acho que, é sensacional. Juntei todas as informações que li na internet sobre tomar banho de baixo da neve e ver velhinhos barrigudos jogando xadrez na piscina naturalmente aquecida, mas não levei roupa de banho! Não esqueça sua roupa de banho!!!

Széchenyi Bath

Tudo bem, voltaremos!
Era tudo sobre Budapeste.. Faltou fazer um passeio de Barco no Danúbio à noite e conferir se os investimentos em iluminação são válidos, entrar no Parlamento e na Sinagoga, e tomar uma banho na piscina termal. Tudo isso é super acessível, a cidade é baratíssima.. não deixamos um Florim sequer lá.. tudo que sobrou eu gastei com chocolate que a guia do tour recomendou, não deixem de experimentar! hehe

Pöttyös - Túró Rudi (Sessão de coisas geladas - demoraaaaamos para encontrar!)

Beijinhos!

















domingo, 27 de janeiro de 2013

Buda(peste)

Buda e Peste, unidas desde 1873, eternamente separadas pelo Danúbio. 

Pra começar, Hungria não foi fácil. O dinheiro deles vale 300 vezes um euro e a língua é 300 vezes mais difícil que a nossa. Não consegui pronunciar nem uma palavra circulada no meu mapa! Até o sotaque da Guia do Free Tour foi mais complicadinho, mas continua sendo imperdível. Inclusive, foi ela quem disse que o fato de tantas grandes invenções serem húngaras (água com gás, computador, binóculos, fósforos de segurança..), se deve ao fato de que a sua língua é a quinta mais difícil do mundo, e quando se aprende algo assim, supostamente, a pessoa se torna mais inteligente! 


O lado Buda é o lado das colinas, que quando com neve se tornam um pouco perigosas, um calçado especial para neve é recomendável! Atravessando pela Erzsébet hit, a ponte branca, chega-se na Igreja da Caverna. Esta Caverna foi a residência de Santo Istvan, um monge heremita que curava os doentes com as águas térmicas que jorravam na frente da caverna onde hoje existe um pouco mais de luxo, nas Piscinas Termais Gellert, o banho mais divo da cidade. A igreja é lindinha demais, simples, natural, diferente de tudo que se vê de igrejas européias, e a Casa de Banho é tudo que se espera de um hotel de luxo. Elegantíssimo. Basta atravessar a rua!

No topo desta mesma colina está a estátua da "Liberdade" de Budapeste, representando a libertação dos húngaros pela União Soviética. Tentamos subir até lá, mas nossas botinhas não aguentaram o gelo, então paramos mais ou menos pela metade no Szent Gellért Monument, a estátua do Santo que ajudou a converter a Hungria ao Cristianismo.


Descendo, sem escorregar (uhul), e subindo a próxima colina (a pé, não de Funicular - opção para os preguiçosos), chegamos à Prefeitura de Budapeste e à domo esverdeada do Castelo de Buda, tão linda! Lá em cima tem dois museus e caminhando um pouquinho chegamos à colorida Igreja de São Mathias e ao monumento Bastião dos Pescadores. O sol resolveu dar as caras e as cores brotaram do telhado em mosaico da Igreja. Foram detalhes como esse que fizeram eu me apaixonar por Budapeste. O lugar é perfeito para contemplar Danúbio e o lado Peste. 



É lá, na sua margem (do Danúbio) que fica o Parlamento Húngaro, belíssimo, como quase tudo! Ainda maior, e na minha opinião, mais bonito que o de Westminster. Foi por ele que passamos enquanto andávamos até a divertida Ilha Margarita. Divertida e atlética. Enquanto eu e Mari mal nos aguentávamos em pé sobre o gelo, os húngaros praticavam cooper de shorts e as crianças brincavam de guerra de neve! Não tive coragem nem pra um anjo na neve, não de calça jeans! 


Atravessando a ponte (torta) da Ilha, voltamos ao lado Peste! Plano, cheio de lojas, museus, teatros e shoppings. O lado que foi inteiro reconstruído após a enchente, em formato parisiense com estradas largas e casas lindas. E cheio de segredinhos, como o bairro judeu, dos pubs e restaurantes, onde comemos nosso prato típico: Goullash! 

Mais detalhes próximo post! xox









sábado, 26 de janeiro de 2013

Pra quem ainda não cansou de Berlim

Um passeio bem mais light nos arredores de Berlim é o Zoológico! 
Para chegar lá: estação do Tiegarten, jardim lindo lindo, até de baixo de neve, com lago congelado e tudo aproveitando para visitar a torre da Vitória.


Quem não gosta de Zoológico?
Confesso que com toda aquela neve não foi a mesma coisa.. e os ursos estavam hibernando, mas os leões continuavam lá, e as onças, e os golfinhos fazendo um show, como sempre! Milhões de espécies de macacos, girafas, dois elefantões e um filhotinho fofo, pinguins.. "nos divertimos a valer!" 









Mas o nosso foco principal foi o tempo inteiro o Panda!

Os Pandas são geralmente doados por anos para os zoológicos do mundo inteiro, pelos países asiáticos, da sua origem, em um gesto de "boa vontade política" e quando eles voltam para casa são recebidos como reis! Bao Bao, o panda mais velho do mundo, era a atração principal do zoológico de Berlim e nós passamos a tarde inteira procurando por ele. Mari já tinha decidido que essa ia ser a única chance de ela ver um Panda na vida, e como os Pandas eram da China, e não do Japão, não ia ser tão fácil pra Brenda também. Chegamos na sua jaula vazia, minutos antes de fecharem o zoo, na pressa e cheias de expectativas. Encontramos várias fotos do Bao Bao e um pai com seus filhinhos felizes passeando. 

-"Do you know where the Panda is?" 
Você sabe onde o Panda está?
-"The Panda is Death"
O Panda está Morto.

Acho que o "Pai" percebeu nosso choque/decepção e tentou nos consolar com um "Ele era muito muito velho", mas não adiantou muito. Ficamos tão abaladas que fomos embora! Aqui está a reportagem sobre a morte do Panda, que era muito fofo por sinal =(




R.I.P Bao Bao

Para afogar as mágoas um, ou alguns, shots de Jägmaster no Pub Crawl.. Pub Crawl é um um tipo de tour por bares da cidade. Um bom jeito de conhecer a vida noturna.  Podíamos ter ido direto pra Balada, que ficava na frente do nosso hostel, mas viajar pra Budapeste no dia seguinte nos fez lembrar do motivo pelo qual a gente não sai durante essas viagens de curta duração!
E essa foi a parte mais feliz de Berlim, com muito Dunkin Donuts!

Beijinhos!


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Berlim - Sachsenhausen

Quem pensa em algum dia ir à Auschwitz devia passar primeiro em Sachsenhausen só para sentir o clima de um antigo campo de concentração. Foi uma das visitas mais emocionantes que fizemos em Berlim. 

Estar dentro das fronteiras desumanas de um campo de concentração é inexplicável. Entrar no mundo onde monstros brincavam de Deus, e tinham poder de decisão sobre quem era digno, ou não, de participar da sua sociedade.. foi no mínimo triste. 

Parece exagero, eu sei, mas a partir do momento que entramos foi possível sentir a tensão que permanece na região. O campo foi construído próximo à uma cidadezinha, Oranienburg, e os moradores acreditavam que os prisioneiros estavam ali em reabilitação, sendo preparados para voltar a sociedade e ajudar na economia do país. Crianças eram encorajadas a jogarem pedras e frutas podres ao passares pelos portões, o que, as diziam, ajudaria na recuperação dos prisioneiros. 

Quando os inocentes vizinhos de Sachsenhausen perceberam o que realmente acontecia ali, já era tarde demais.. e se alguém se opusesse acabaria atrás dos muros também. 

Outro motivo para a construção próxima a cidade eram as fugas. Nunca houveram fugas bem sucedidas em Sachsenhausen. Por um lado, uma cidade inteira pronta para denunciar qualquer fugitivo em troca de uma recompensa, e do outro uma floresta gigantesca impossível de se encontrar. 

ARBEIT MACHT FREI

A visita durou em torno de três horas e meia, e foi um dos dias que mais passamos frio. A neve no chão fazia os pés congelarem e as camadas de roupa quase não eram suficientes. Enquanto nos encolhíamos de frio ouvíamos a guia contar que os prisioneiros, vestindo apenas uma calça e uma blusa, listrados, sem casacos (era um dos castigos que recebiam) e sapatos de madeira, geralmente grandes ou pequenos demais, passavam noites inteiras esperando alguém ser encontrado quando a contagem após um dia de trabalho não era exata. Era durante o trabalho que mais morriam pessoas. De fome, de frio, ou de calor. Sachsenhausen não foi, inicialmente, construído para extermínio em massas, mas as condições de vida e trabalho eram tão ruins, que as mortes eram inevitáveis.


Com a intensa perseguição aos judeus os métodos de liquidação em massa foram aprimorados. Câmaras de gás, onde os prisioneiros supostamente deveriam tomar banho e falsos consultórios médicos onde os prisioneiros eram fuzilados enquanto estavam sendo medidos, ao som de alta música relaxante, foram construídos, incontáveis vezes e impiedosamente utilizados.



Eu só queria ir embora por causa do cheiro de carne humana, de queimado, me chateava tanto que eu sempre pensava, isso é horrível. A pior coisa eram todos os corvos. O cheiro estava lá, então os pássaros, abutres, como eu os chamava, me levavam a loucura, e todos os dias os mortos. 

A cozinha, um dos únicos lugares do campo que não foi reconstruído, guarda relatos de pessoas que moravam ali. Presos políticos, judeus, religiosos, homossexuais, e marginalizados socialmente. As fotos arquivadas tornaram tudo muito mais real. Os rostos das pessoas que passaram por tudo aquilo, que não é só mais uma das histórias que meu professor contava na sala de aula.. é a realidade de mais de 200.000 homens e mulheres, não muito tempo atrás. Um andar a baixo, desenhos originais nas paredes mostram um pouco da personalidade e alegria reprimida pelo regime. Segundo a guia, se os guardas fossem pegos permitindo aos prisioneiros pintar as paredes, eles estariam em "pijamas listrados" em um piscar de olhos. 


O último lugar da visita foi o prédio da patologia, onde faziam experiências com os prisioneiros, usando-os literalmente como cobaias humanas. Mais uma das principais causas de morte no campo. É um dos piores prédios, não recomendável pra quem tem estômago fraco. 

Alguns sobreviveram, apesar da tortura, psicológica e física. Após a tomada da Alemanha pelos soviéticos em 1945, sim há apenas 68 anos atrás, eles foram libertados e o campo foi transformado em prisão política para os nazistas ou qualquer um que se opusesse ao regime, mas nunca mais foi utilizado para matar. 

Eles pareciam cheios de medo. Pálidos como defuntos, com faces transparentes, nada além de pele e osso. Pessoas cobertas de ulceras e feridas choraram de felicidade quando avistaram nossos soldados - especialmente os Poloneses entre eles, quando eles viram os soldados Polacos. 
Se vale a pena ir pra lá pra ver ver tanta tristeza? Não sei. Eu acho que nunca acreditei de verdade que essas coisas aconteceram com pessoas como eu, meu pai.., até ver os olhos deles ou o lugar onde dormiam, mas acho que não iria de novo. 









Berlim

Berlim - Alemanha
13 a 17 de Janeiro
Hostel Plus Berlim

Independente de roteiros, comece pelo Free Tour, sempre! Mesmo que não dê tempo para bater as melhores fotos, a gente descobre o lugar das coisas importantes (até das não tão importantes.. tipo o prédio que o Michael Jackson sacudiu o filho!!), além de saber um pouquinho de cada uma. Quem, assim como eu, não é muito chegado em ler a descrição de tudo, ou carregar um guia de mil páginas na mochila, vai descobrir um milhão de fatos que fazem de Berlim essa cidade carregada de história, de culpa, de sofrimento, e ao mesmo tempo, um lugar tão apaixonante!


A cidade é toda "nova", isso porque tudo foi destruído na guerra e teve que ser reconstruído. Pouca coisa restou além dos prédios de interesse político àqueles que ganharam a guerra. É visível nas igrejas as partes que foram restauradas e as partes escuras, como as estátuas, que foram removidas, assim que Berlim começou a ser bombardeada. Mesmo assim tudo continua lindo e clássico. A universidade, uma das mais famosas, onde estudaram pessoas como Einstein e Marx, entre outros 29 ganhadores do prêmio Nobel. Ali do ladinho da Bebelplatz onde os milhares de livros foram uma vez, queimados e agora as prateleiras vazias afundadas no chão trazem timidamente essa lembrança. Os portões de Brandemburgo, símbolo quase oficial da cidade, cuja estátua do topo foi roubada por Napoleão, e agora, de volta ao seu lugar, "encara" o parlamento francês localizado do outro lado da praça.. ai meu Deus, quanta coisa pra contar..!
Não podia ser diferente, com tanta história pra lembrar, Berlim é cheia de memoriais. O do Holocausto, não tem simbolismo algum, identificações, nada. Só gigantescos blocos de cimento (2711), cinzentos, de tamanhos diferentes, espalhados, com o objetivo de causar desconforto em quem anda por ali, como o holocausto em si. Ele aconteceu, as pessoas evitam falar sobre, mas faz parte da cidade e mostra como a sociedade alemã não pode, nem quer, apagar essa parte da sua história, muito pela contrário, é capaz de refletir sobre ela. Tenho que dizer que me fez lembrar um cemitério e piora se você visita um campo de concentração e descobre o que fizeram com as pessoas que são lembradas ali.
De longe o meu monumento preferido, merecido, não alegre, é o Neue Wache. Desde 1993 ele é o "Memorial às vitimas da guerra e da tirania", mas desde sempre ele foi utilizado por qualquer um que estivesse no poder para mostrar ao povo quem eram os "bad guys". Se os comunistas estivessem no poder, o memorial seria dedicado às vitimas do fascismo e assim por diante. Atualmente, o lugar é o "túmulo" de um soldado desconhecido e de uma das vítima de um campo de concentração na segunda guerra mundial, qualquer uma, civil, judeu, ou guarda. E sob a abertura no teto esta a réplica da estátua "Mãe com seu filho morto" de Käthe Kollwitz, que sofre as mudanças do clima, assim como os soldados na guerra.
Pessoas importantes costumam prestar homenagens ali sempre que passam por Berlim, é um lugar muito, mas muito, respeitável.

Dali é possível conhecer mais um pouco da história de Berlim no museu gratuito Topografia do Terror, localizado na região das antigas instalações da Gestapo, ou em um dos que eu não fui, o Museu Judeu de Berlim, na Podsdamer Platz. Tudo perto, facinho de achar caminhando, ainda mais se você abastecer o corpinho com uma deliciosa currywurst! Essas sim são imperdíveis, no pão ou com uma porção gigante de batatas fritas!
A outra parte da história de Berlim, a da divisão, do Muro, da perda do direito de ir e vir eu vou deixar pra contar depois! Passamos a viagem inteira discutindo porque eles não destruíram o muro inteiro, e porque existem pedaços dele espalhados na cidade inteira, como memoriais, se essa é outra parte tão odiada da história de Berlim. Acho que existem questões que nunca serão respondidas, opiniões não faltam.. qual é a sua?


Domo de Belim - Ilha dos Museus



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Copenhague ...3

De Reis e Rainhas, Copenhague é capaz de transformar sua viagem em um conto de fadas quando você anda pelas ruas e dá de cara com um castelo, um jardim, ou um personagem de uma das mais conhecidas histórias infantis. 




 Acompanhar a troca de guarda é bem legal. Fomos caminhando do Castelo de Rosenborg, que tem esse nome por causa da rainha que foi presenteada com ele, cujo brasão da família levava rosas, até o Palácio de Amalienborg, que é a moradia oficial da família real, pelo menos no inverno! Com música, chapéus grandões e peludinhos, e uma boa quantidade de turista aglomerada em volta, os guardas marcham e fazem a troca perfeitamente sincronizada, o que leva em torno de 15 minutos, a partir do meio dia. 


Do palácio de Amalienborg, os quatro prédios simétricos formando um círculo em volta da estátua do Rei Frederik V, é possível ver a Operaen que é considerada a casa de ópera mais cara já construída (mais ou menos 500 milhões de dólares). E na outra extremidade do palácio está a Igreja de Mármore, que possui o maior domo das igrejas da escandinava, com 31 metros! 

HERRENS ORD BLIVER EVINDELIG - Mas a palavra do Senhor permanece para sempre.
Jacobsen é outro nome conhecido na cidade de Copenhage. Apesar de passar longe da realeza dois dos mais visitados pontos turísticos da cidade se devem a essa família. O primeiro deles é a simpática "lille havfrue", a pequena sereia, dos contos de Hans Christians Andersen. Carls Jacobsen, filho do cervejeiro J.C. Jacobsen, fundador da Carlsberg, assistiu ao musical da Pequena Sereia no Teatro Real e ficou tão fascinado que presenteou a cidade com a estátua, hoje sentada solitária, no Pier Langelinje de Copenhagem.


A Carlsberg foi fundada em 1847 por J.C. Jacobsen, é uma das visitas imprescindíveis na capital dinamarquesa, especialmente para os amantes de uma boa cerveja ou para quem quer sair um pouco do turismo convencional. Conta a história da principal e mais conhecida cervejaria da Dinamarca além de muitos fatos interessantes, visita aos estábulos, coleção com mais de 20.000 garrafas de cerveja fechadas e degustação no final! Tem jeito melhor de terminar o passeio por um país?


Partiu Berlim, e preparem-se, porque essa foi nada mais nada menos do que a melhor!

=**




Copenhague em 1, 2...

Copenhage Dinamarca
10 a 13 de Janeiro
Hostel - Generator Copenhagen



Muitos se enganam quando pensam que viajar entre os países da Europa é rápido. Lógico que não é nada comparado às 10h de duração da viagem do Brasil até aqui, mas só uma ideia geral, para chegar na Dinamarca, eu e a Mari saímos de Coimbra as 2h da manha e chegamos no Hostel pela uma hora da tarde, ou seja, quando for planejar sua viagem, considere o tempo gasto no aeroporto e para chegar e sair dele!

O Hostel parecia um hotel, apesar das oito camas, tínhamos dois banheiros no quarto e na área comum um bar gigante que se transformou em uma balada na sexta-feira a noite! Nos dias mais tranquilos, esses lugares são oportunidades de fazes amigos de todos os lugares do mundo.. quando você tem tempo. Foi o nosso caso, sempre que descíamos para passar o tempo discutindo nosso roteiro do dia seguinte, e lá conhecemos o Americano Steve, que mora na Alemanha, e os estudantes do US, Nazim e Julio, que dormiam no mesmo quarto que a gente!

No primeiro dia eu e Mari andamos praticamente pela cidade inteira, sem mapa, sem rumo, só com uma câmera e com muita disposição. Vimos neve pela primeira vez.. vimos o chão molhado e achamos que era chuva, quase choramos.. quando vimos os flocos branquinhos, ficamos enlouquecidas! 


Passamos, mesmo que sem saber, pelo castelo de verão da Rainha, o Rosenborg, pela rua de compras mais famosa da cidade, a Strøget.. por falar em compras Copenhague é muito cara, se o seu hostel não tiver uma cozinha a disposição, como o nosso, prepare-se para limpar muitos farelos de pão do seu beliche, ou gastar muito dinheiro nos restaurantes divos da cidade!

Copenhague tem uma rua famosíssima de restaurantes, Nyhavn, requinte é o mínimo que você pode esperar. Colorida, ao lado de um canal onde ficam ancorados barcos e veleiros que só tornam ainda mais prazerosa a experiencia de comer uma refeição ali. Que tal no Noma? O melhor restaurante do mundo de 2010. Como é necessário fazer a reserva 3 meses antes, acabei desistindo e fui comer no subway mesmo! hehehe


Não tem free tour no inverno em Copenhagen, se o seu hostel te disser que tem, como o meu, não acredite! Fomos atrás dele no Tivoli, o famoso parque de diversões de Copenhage que inspirou a Disney, e que também fica fechado no inverno.. um bom motivo para voltar à Dinamarca no verão..
Mesmo sem o Tour, lá foi um bom lugar para começar a conhecer a cidade de verdade! 

Eu até quis contar tudo em um post só.. mas vocês me conhecem né! 
Beijinhos :*









Desfazendo as malas!

Cheguei.. !

Que delícia voltar para a minha caminha confortável, no meu quarto sem aquecimento e sem mais 8 pessoas de todo o lugar do mundo pra dividir o banheiro, nos aproximadamente 11 graus da chuvosa Coimbra onde todos falam a mesma língua que eu!  
Que saudades do meu computador e de contar contar pra vocês tudo que anda acontecendo por aqui..

Quantos lugares lindos eu visitei, quantas coisas novas eu conheci, comi, senti. 
A bagagem fica cada vez menor pra trazer tanta coisa de volta, e parece impossível lembrar de tudo no final, mas prometo fazer meu melhor pra contar "tim tim por tim tim" pra vocês e deixar cada um morrendo de vontade de fazer tudo e mais um pouco!

Beijinhos!

domingo, 6 de janeiro de 2013

Bye Bye London!

A primeira parada do último dia em Londres foi na estação de Trem, mas não fomos à lugar nenhum, bem que queríamos. Já que não conseguimos reservar nossos ingressos para visitar os estúdios do filme (por falta de organização, não de tempo!), nos contentamos com as fotos do carrinho na plataforma nove três quartos da estação King Cross, fingindo partir para o fantástico mundo de Harry Potter. 


Como ja era de se imaginar, não conseguimos atravessar a parede, e fomos visitar o fantástico mundo dos museus londrinos. Selecionamos dois que ficam muito próximos, o Natural History Museum e o Science Museum. Todos os museus têm entrada gratuita e alguma urna para você contribuir se quiser, achamos notas bem valiosas lá dentro, hihi

REX
O Natural History é muito legal, cheio de dinossauros, fósseis, pedras super antigas, animais empalhados e incontáveis descobertas científicas que ultrapassam meu nível de conhecimento. A Brenda, nossa futura bióloga, ficou encantada, e o amiguinho de 10 anos que fizemos parecia uma máquina de adorar tudo que via pela frente! O Science Museum é um museu de descobertas, da física, da medicina.. e tem toda uma área interativa bem divertida que ensina como as coisas funcionam, super interessante para crianças!

Charles Darwin
Bem pertinho desses monumentos ao conhecimento está Hyde Park! Meu parque preferido de Londres, bem, pelo menos dos que eu visitei. Bem no centro um lago gigante cheio de patinhos fofos. No canto um pequeno parque de diversões de inverno com uma mini roda gigante e logo na entrada uma feirinha de Natal de-li-ci-osa. Os cheiros davam vontade de tudo. Os crepes com Nutella, os Waffles com sorvete, as linguiças alemãs na brasa, tenho a boca cheia de água por relembrar! A decoração e as lojinhas não me fizeram menos feliz também, em cada vitrine eu encontrava um presente que não cabia na mala! 


Caminhando na beiradinha do lago, com sol se você tiver a mesma sorte que nós, mais à frente achamos o Memorial da Princesa Diana. Simples e elegante, com água corrente, onde, pelo que eu entendi, deveríamos nos sentir à vontade para lavar os pés, mas naquele frio!

Memorial Princess of Wales
À noite, um pouco de Luxo..  fomos turistar na maior loja de departamento do mundo, a Harrods! Lindíssima, não deu nem tempo de andar em todos os andares. Nem preciso dizer que nos encantamos pelas maquiagens, bolsas, perfumes, sapatos.....

Pegamos o tradicional vermelhinho para voltar para o Hostel e fechar as malas, mas passando pela Leicester  Square não resistimos e, como dizem em Portugal, apertamos o botãozito! Algumas voltinhas depois esbanjamos um jantar no Mc Donalds com direito a sobremesa! Despedida de Londres em "grande estilo" em um dos lugares que mais gostei!

Se eu voltaria? 
Não precisa perguntar duas vezes!

Segundo!