Subindo até a basilique du Sacré-Cœur, bem de longe, seguimos a melodia francesa de um dos músicos independentes que fazem a vida de trocados. Me senti em um filme. Qualquer história vira um romance em Paris. Qualquer sonho vira um croissant em Paris!
Me apaixonei por Paris no momento em que entrei no banheiro do aeroporto e descobri o papel higiênico cor-de-rosa. Aí então me contaram sobre as entradas gratuitas para estudantes e residentes da União Européia, o que mais eu podia querer?
Ouvi tanto dizer que o quadro da Monalisa era minúsculo que quando cheguei lá até me assustei com o tamanho. Encontrá-lo é fácil (siga o fluxo), o difícil é chegar perto para bater uma boa foto. Com um pouco de paciência tiramos cinco.
Venus de Milo, deusa do Amor e da Beleza. Nascida quando Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e arremessou-os no mar. Da espuma (aphros) surgida ergueu-se Afrodite. |
O "resto" do Louvre é gigante. Dá pra perder o dia inteiro lá dentro, ou se perder do grupo também, por isso existem os folhetos para leigos, como nós, indicando onde estão as peças conhecidas!
Do ladinho do Louvre, cruzando o Sena está a Pont des Arts. Ao se aproximar da ponte – construída entre 1981 e 1984 – vê-se pontinhos coloridos tomando forma nas barras de ferro, sāo milhares de cadeados de todas as formas e tamanhos que dão a Pont des Arts uma decoraçāo para lá de especial… Ė muito amor!
A história todo mundo já conhece, prender o cadeado, jogar as chaves no rio e ser feliz para sempre! Deve ter gente que acredita que o amor é proporcional ao cadeado porque tem uns enormes. O que muita gente não sabe é que a Prefeitura da cidade esteve retirando os cadeados das pontes, porque eles atraem ladrões, pouco interessados em amor eterno! (Paris retira tradicionais cadeados de amor deixados em grades de ponte).
E então, fomos conhecer o lugar onde Quasímodo se apaixonou pela cigana Esmeralda. A Catedral de Notre-Dame é igualzinha ao filme da minha infância, as gárgulas e os vitrais.
"E a catedral não era apenas companhia para ele, era o universo, ou melhor, mais, ela era a própria natureza. Ele nunca sonhou que haviam outras sebes que os vitrais em flor perpétua, que não a sombra da pedra folhagem sempre nascente, carregada com pássaros nas matas de capitais saxões, outras montanhas que as torres colossais da igreja, ainda outros oceanos do que Paris rugindo a seus pés." Victor Hugo, Notre Dame de Paris, 1831.
Tem como não querer ficar aqui pra sempre?
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