quinta-feira, 25 de abril de 2013

Paris, je t'aime

Subindo até a basilique du Sacré-Cœur, bem de longe, seguimos a melodia francesa de um dos músicos independentes que fazem a vida de trocados. Me senti em um filme. Qualquer história vira um romance em Paris. Qualquer sonho vira um croissant em Paris! 


Lá de cima do Montmartre  observando a cidade inteira sob o céu azul da primavera, quando vimos pequenininha a Tour Eiffel  tão pequenininha que conseguíamos tampar com o dedão, tive certeza que Paris ia ser minha cidade preferida.


Me apaixonei por Paris no momento em que entrei no banheiro do aeroporto e descobri o papel higiênico cor-de-rosa. Aí então me contaram sobre as entradas gratuitas para estudantes e residentes da União Européia, o que mais eu podia querer? 


Ouvi tanto dizer que o quadro da Monalisa era minúsculo que quando cheguei lá até me assustei com o tamanho. Encontrá-lo é fácil (siga o fluxo), o difícil é chegar perto para bater uma boa foto. Com um pouco de paciência tiramos cinco.

Venus de Milo, deusa do Amor e da Beleza. Nascida quando Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e arremessou-os no mar. Da espuma (aphros) surgida ergueu-se Afrodite.

O "resto" do Louvre é gigante. Dá pra perder o dia inteiro lá dentro, ou se perder do grupo também, por isso existem os folhetos para leigos, como nós, indicando onde estão as peças conhecidas!


Do ladinho do Louvre, cruzando o Sena está a Pont des Arts. Ao se aproximar da ponte – construída entre 1981 e 1984 – vê-se pontinhos coloridos tomando forma nas barras de ferro, sāo milhares de cadeados de todas as formas e tamanhos que dão a Pont des Arts uma decoraçāo para lá de especial… Ė muito amor! 

A história todo mundo já conhece, prender o cadeado, jogar as chaves no rio e ser feliz para sempre! Deve ter gente que acredita que o amor é proporcional ao cadeado porque tem uns enormes. O que muita gente não sabe é que a Prefeitura da cidade esteve retirando os cadeados das pontes, porque eles atraem ladrões, pouco interessados em amor eterno! (Paris retira tradicionais cadeados de amor deixados em grades de ponte).

E então, fomos conhecer o lugar onde Quasímodo se apaixonou pela cigana Esmeralda. A Catedral de Notre-Dame é igualzinha ao filme da minha infância, as gárgulas e os vitrais.



"E a catedral não era apenas companhia para ele, era o universo, ou melhor, mais, ela era a própria natureza. Ele nunca sonhou que haviam outras sebes que os vitrais em flor perpétua, que não a sombra da pedra folhagem sempre nascente, carregada com pássaros nas matas de capitais saxões, outras montanhas que as torres colossais da igreja, ainda outros oceanos do que Paris rugindo a seus pés." Victor Hugo, Notre Dame de Paris, 1831.

Tem como não querer ficar aqui pra sempre?





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