terça-feira, 21 de maio de 2013

Era uma vez..

... uma terrinha longínqua, de onde, a distância de nove ou dez quilômetros à sudoeste, ainda se viam as luzes de Paris. Foi lá, que como o sol que dá vida a tudo na terra, Luiz XIV, o Rei Sol, ergueu um castelo, um palácio, uma residência real monumental nunca antes vista!




O Palácio de Versalhes possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras, 700 hectares de jardim e é um dos pontos turísticos mais visitados da França (em média oito milhões de turistas por ano).


Parece um conto de fadas! Só a carruagem, que nos levou pelos 10 km, não era lá muito mágica. O trem (RER) estava lotado e fomos de pé, apertadíssimos por uns 45 minutos até a estação. A fila pra entrar também não é muito encantadora, mas, ao menos, com nossas extraordinárias carteirinhas de estudante, entramos sem pagar! 

Depois é só se perder no luxo dos candelabros, abóbadas, paredes de cetim, pinturas, camas fofas, decorações infinitas.. sentir-se dentro de uma caixa de presente, muito muito cara! E quando sair dela para os jardins perde-se o fôlego, tanto pelo tamanho quanto pela beleza do lugar! 


Ah lar doce lar!







Uma vez 'drama queen'..

Querem uma dica inteligente?

Não façam intercâmbio! Não conheçam pessoas novas, lugares novos. Não criem rotinas diferentes. Não abram seus corações para as novidades do mundo. 


Cada página desse blog está recheada com aventuras deliciosas, pessoas incríveis e histórias inesquecíveis. Agora, a aproximadamente dois meses pra voltar para a minha, nada mal, realidade, vejo tudo se transformando em saudades!

E quantos são os tipos de saudades. Tem aquela que aperta quando eu lembro da minha família no Brasil. Outra que dói, quando penso nas coisas que, lá longe, já não são mais as mesmas. E tem aquela que persiste em me manter acordada à noite, rolando de um lado para o outro, pensando no que, daqui de perto, vai fazer falta pra sempre!


Façam intercâmbio! Vivam tudo que puderem. Absorvam o máximo de todas as pessoas que cruzarem o seu caminho. Criem memórias. Dancem na chuva. Vençam desafios. Experimentem tudo que puderem. Sonhem, e mais importante, realizem!





"Acho que eu vou gostar da vida até a morte". Emanuelle Riva

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Retrospectiva

E a queima foi assim..

Serenata Monumental

Cortejo

Pra esquentar
Cartaz oficial 2013
Esquenta na portagem com bouquet e entrevista

Pequeno-almoço oficial

Melhor show disparado !

Sob sol ou sob chuva

Porquinha - petisco e meeting point (HAHA)
Demonstrações de amor
Não deixes para amanhã, o que podes queimar hoje!
E queimamos tudo mesmo: filme, neurônios, calorias, dinheiro, fígado, sapatos... 10 dias inesquecíveis, ou não :)

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Queima das fitas

Color Run: "Os cinco quilômetros mais felizes do planeta". Alguns correm, outros dançam, outros rastejam-se (nosso caso, considerando o calor e a sede- sim o verão chegou!), enquanto sujam-se de uma tinta em forma de pó que fez tudo ficar mais alegre. Foi a energia de 12 mil pessoas de todas as idades, cobertas de cor e de sorrisos, criando um mar de gente alucinada, rolando no chão e pulando sem enxergar nada no meio das nuvens multicoloridas! 



Para lavar a cor e a alma, o cortejo da queima das fitas: "Uma das festas que se consome mais álcool do mundo". No domingo choveu cerveja, entre muitas outras bebidas alcoólicas, quando, os quase cem carros, meticulosamente enfeitados e preparados pelos alunos de cada curso, desceram pela cidade fazendo festa com os 100 mil espectadores que assistiram o cortejo. 

Todos os universitários trajados de acordo, de capa e batina. Os formandos com acessórios especiais, nas cores de seu respectivo curso, cartola e "bengala" esperando as batidas que simbolizam os desejos de parabéns pela formatura. E os calouros também, que até então não podiam vestir o tradicional traje acadêmico. Durante a serenata da Queima das fitas (parecida com a da Latada, porém algumas muitas vezes maior) são traçados pelos seus veteranos. A capa é dobrada na ponta segundo o número de anos que faltam para a conclusão do curso, colocada sobre os ombros do calouro e cruzada para a direita e depois para a esquerda.

O Traje serve como entidade uniformizadora, permitindo a normalização de estatutos sociais e econômicos de todos os estudantes. Ou seja, o Traje Acadêmico é um símbolo que representa a igualdade e a simplicidade, e não o elitismo. Por esse motivo as meninas não usam brincos grandes, maquiagem ou unhas pintadas enquanto o vestem. 

A capa é parte essencial do traje, nenhuma regra se aplica quando ela não está vestida. Ela é "benzida" com fluidos quando o calouro a recebe, fluidos como vinho, vômito, cerveja, água, entre outros e só é lavada à água da chuva, nunca mais. Não, eles não são obrigados a utilizar o traje para frequentar às aulas. O uso do traje é um direito do aluno e um sinal de respeito em serenatas e eventos importantes, como defesas de teses e formaturas.

Alguns devem ter lavado a capa nas águas do Mondego, foi lá que terminou o cortejo, quando o rio se transformou numa piscina de águas geladas e foram todos curar a bebedeira para mais uma noite de festa no recinto da Queima.

É também no cortejo que acontece a queima simbólica das fitas, cena que dá nome à semana de festa que sucede todo esse ritual. Os amigos, familiares, namorado, etc. escrevem mensagens em fitas, chamadas grelos, da cor de cada curso. As fitas são colocadas nas pastas que fazem parte do traje acadêmico até a data do cortejo, e neste dia são queimadas em penicos.



Assim é Coimbra, cheia de tradições que não se apagam no tempo, mas se enchem de vida todos os anos e encantam cada vez mais.

"Hoje Coimbra, amanhã saudades"