quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A Cidade Flutuante

Pra quem não sabe, Veneza é parte ilha (a das fotos maravilhosas) e parte continente (turisticamente desconhecida). O que liga uma a outra é um trem de quinze minutos que custa 1,2 euros e a diferença é que as diárias do hostel no continente caem pela metade! Ou seja, depois de todos os nossos problemas com a Trenitália (tivemos que comprar duas passagens porque nossos nomes não estavam na lista de passageiros), paramos na estaçao de Veneza Mestre, a do continente, deixamos a mala no hostel (quarto individual com banheiro, iei!) e corremos para aproveitar os ultimos raios de sol na "verdadeira" Veneza.


É quase impossivel localizar as ruas no mapa, e o fluxo de pessoas é muito disperso, principalmente ao escurecer. A dica é: atravesse pontezinhas, tente não perder muito tempo com fotos (praticamente impossivel pra nós) e siga as placas: PER RIALTO / PER SAN MARCO para ir, e AL FERROVIA para voltar!


No fim do dia, que começou em Milão e terminou com uma pratada de Espaguete a Bolonhesa em um dos restaurantes simpáticos venezianos, descemos na ponte da estação sobre passarelas montadas no meio da rua. Nunca adivinharimos o que era, apesar das hipoteses (desfile, tradiaçao anual, impedir as pessoas de passar para o outro lado da rua...). Superamos e fomos dormir tranquilos no hostel do lado seco de Veneza.



Galochas ja eram moda no Brasil, mas na Italia pareciam um virus contagiante, de crianças aos idosos, das discretas às amarelas berrantes. Nunca pensei que sentiria tanta falta das minhas que ficaram no Brasil. Chegamos na praça principal de Veneza na manhã seguinte. A San Marco estava inundada devido ao chamado Acqua Alta, um fenômeno que acontece quando há maré cheia, quem imaginaria? Descobrimos entao a verdadeira utilidade das passarelas, "andando" (nas filas enormes) sobre elas para visitar a Catedral de San Marco e o Palazo Ducalle.


Veneza tem varias pontes principais: Da Estaçao, Rialto, mas a minha preferida é a que e vista do palacio, por causa da história. Era dela, a visão que tinham os prisioneiros quando partiam para sua execuçao, a ultima visao que tinham de Veneza, e por esse motivo, ela recebe o nome de Ponte dos Suspiros.


Combinamos uma boa e tradicional janta italiana por cidade! Em Veneza pizza para todos!!! Mas como parecemos mortos de fome e queremos comer tudo como se fosse a ultima refeiçao da vida pedimos uma pizza (que ja sabíamos que era enorme) para cada um, de quatro sabores diferentes, cortamos cada uma em quatro, e fizemos revezamento! Peperonni, 4 formaggi (quatro queijos), tradicional Margherita e Prosciutto (presunto)! Queria uma inteira de cada!



Como todos sabem, mesmo os que nunca vieram para cá, Gôndulas são lindas, e carissimas! Mas o vaporeto è uma alternativa para quem, como nos, não quer vir a Veneza sem andar "de barquinho". Por 18 euros, tinhamos passe livre por 12h e fomos à Murano, a ilha das mais famosas fabricas de vidro da europa, e para Burano, fotografar as casas multicoloridas à beira da ria (canal de água salgada - Marthina também é cultura)!


Os pes reclamaram ate nao poder mais, os almoços nem sempre puderam ser nas mesinhas fofas como esperavamos (geralmente um sanduiche sujando o mapa na correria para algum ponto turistico, ou cafe da manha no metro!), mas valeu muito a pena ter incluido Veneza na viagem, as cores, os cheiros e a cidade que não há igual no mundo, com certeza!




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