quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O dia que eu fui comprar um caderno :)

Acordamos prontinhas para mais um dia de aulas. Tomamos nosso café da manhã e sentamos pra procurar o número da sala de aula quando descobrimos que não tínhamos aula, só restou uma dúvida então: praia ou shopping?

Como precisávamos de alguns materiais fomos para o shopping que também era mais prático. Desta vez, atravessamos a ponte e fomos no Fórum.

Pra começar, um almocinho à brasileira: prato feito com arroz branco, feijão, farofa, batata frita, banana frita, e um pouco de cada carne que lembra aquele gostinho do Brasil que tava fazendo falta.
Eu precisei ficar quase uma semana sem carne de vaca pra ver como eu gosto/preciso.
No mercadinho aqui perto encontramos um hambúrguer de carne congelado com 70% de vaca, 1,90 euros, definição daquele dia: carnificina.

Depois de comer como duas genuínas brasileiras (raspando o prato), fomos às compras dos materiais! Primark (lenços por 4 euros, calcinhas por 2, sutiã por 7, camisa por 9..), Bershka (calça por 19, blusinhas por 12, e um blazer lindico por 20euros), Springfield (bolsa por 22, mochila por 27 e na compra das duas ganhamos mais uma camisetinha), H&M (acessórios baratíssimos), Shana (mais lenços por 3 euros e uma blusinha de renda de 10 euros!), e finalmente, FNAC (dois cadernos lindicos pras aulas! hehe).
O balanço número de peças X gastos totais valeu muuito a pena! As peças são lindas, de coleção nova, baratas e super usáveis.. nada comprado por impulso (né mari? he he)

À noite, acreditem se quiser, de uma terça-feira, tínhamos três convites de lugares pra ir. Jantamos, nos aprumamos, e partimos meio sem rumo, o que nos fez perder uns vinte minutos no pé do morro da nossa rua decidindo pra que lado íamos, sem contar as vezes que paramos pensando em voltar!
No final nossa escolha acabou sendo muito boa.
Fomos no Bigorna, um barzinho minúsculo que só se entra pra pegar cerveja (10 "finos" ou copos, por 5 euros, pasmem) que se bebe na rua, estilo "UFSC happy hour".
Na rua mesmo eu conheci uma menina Portuguesa que ficou com a Brenda no hostel antes dela morar com a gente, a Vânia. Não tem pessoa melhor pra contar sobre Portugal do que uma portuguesa legítima.
Aprendi com ela que quando eles usam as vestes tradicionais, que é usada em todas as Universidades de Portugal, não se pode usar unhas pintadas, nem relógios (homens apenas relógios de bolso), alianças e brincos pequenos, para que todos os universitários estejam em igualdade.
Outra coisa que me deixou impressionada foi a importância que eles dão às classes de alunos. Existem livros com regras que calouros devem seguir, associações de veteranos e trotes sérios, porém civilizados, nada parecido com o Brasil.
Na formatura, queima das fitas, os alunos queimam fitas que simbolizam fitas onde seus colegas escreveram mensagens para os outros, e nesse mesmo dia há o enterro do calouros, quando um caixão com o nome de todos eles é também incendiado em público. A partir desse dia os calouros passam a ser doutores e podem usar o traje.

Não me canso de conhecer a cultura daqui, podia escrever páginas e páginas!
Mas por hoje é só pessoal!
Continuamos muito bem por aqui, nos adaptando à língua ligeira dos professores e tentando nos manter longe das sorveterias italianas da praça (muito mal sucedidamente)!








Um comentário:

  1. Marthina...
    Podes escrever páginas e páginas... Não canso de te ler!!!
    "Bença da dinda" ;)
    Mariane.

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